terça-feira, 6 de dezembro de 2011

BOLA DE CRIANÇA
Pronto! Aqui estou eu de novo no telhado! Já estou cansada desta vida: estou cada vez mais suja e murcha. Sabem, quando vim para esta casa, achei que seria o máximo, dois garotos e um quintalzão... puxa! Mas, que nada. Não dou mais que três pulinhos antes de voltar pra esse telhado; quando não caio na rua ou nos vizinhos e tenho que esperar horas ou dias até que venham me resgatar. Vida de bola é dura mesmo, ainda acabo espetada numa lança de portão... Quem sabe eu fosse bola de gude ou de tênis... Mas sou bola de criança, bola leve e colorida, adoro quicar na vida! Quando brincamos e dá certo, esqueço o telhado e tudo, nem vejo que estou riscada e com minhas cores manchadas. Eles caem por cima de mim e sinto como seus corações estão pulando de alegria; fico espremida entre suas mãozinhas suadas e o calor da infância me aquece. Nada então me aborrece, pois sou bola de criança, bola leve e colorida, adoro quicar na vida! Fernanda Bega. Para os meus meninos, com amor. 1994

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O MUNDO QUE CONHECEMOS SE ORGANIZA PRIMEIRO NA NOSSA CABEÇA Não deixe que te convençam que você é uma pessoa doente. Não deixe que um diagnóstico cole em você como um rótulo... Deus nos fez perfeitos e saudáveis; Ele nos criou para vivermos plenamente. A doença, sim, é um desequilíbrio momentâneo e passageiro da nossa condição original. Mesmo no caso de uma doença crônica; não se torne propriedade dela. Todas as células do nosso corpo se renovam e num prazo de cento e poucos dias todo o nosso sangue é inteiramente trocado...se isso acontece constantemente por que as doenças permanecem nas pessoas , às vezes, durantes anos? Pensem nesse processo; a vida é um processo... é como um rio em curso. Siga em frente, modifique padrões, modifique hábitos e mais que isso: pense diferente. Não se veja doente. Mentalize sua energia vital em fluxo contínuo e acredite que sua vocação de ser humano é para a saúde e para a vida. Muitos médicos idolatram as doenças e não a pessoa humana que está momentaneamente doente; isso pode ser um vício compreensível da profissão mas deturpa o foco do cuidador. Cuidem-se. Façam check ups, consultas, tomem seus remédios, mas não esqueçam que o objetivo final deve ser a qualidade da sua vida e a sua felicidade. E quando estiver com um amigo doente, fale sobre coisas amenas, fale de alegria e recomende muita música e que cante e dance, se puder; diga a ele que vista azul e que isso lhe será um alívio imenso para suas dores! Então, ria ou reze com ele mas não fique disputando sofrimento ou medindo enfermidades... Eu acredito nisso, e como uma bússola busca o tempo todo pelo norte, eu procuro retornar sempre ao meu estado legítimo de saúde e bem estar com a ajuda e a vontade de Deus que me criou à sua semelhança! Fernanda Bega. 01º/12/2011

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Meus filhos, minha vida.

Quando você tem crianças pequenas, não importa o que você faça ou como faça, sempre vai ter gente te criticando. Ora porque você mima os filhos, ora porque é muito rigorosa; se você lhes dá doces ou se proíbe refrigerante... se deixa faltar na aula, então, afff. Todos são educadores na hora de criticar. Verdade seja dita, essa fase parece interminável, ainda que toda a vida seja tão rápida!

Você e seu marido então tomam aquela sábia decisão: ficar em casa, evitar exposição. Que paz. Já bastam dois para discordar de decisões “educadoras”.

Mesmo assim nos encontros inevitáveis, os seus filhos brigam, mordem os primos ou respondem pra você na frente de todos... frustrante, mas você vai se enclausurar por mais seis meses, tudo bem.

Agora vem a parte gratificante: quinze anos depois, quando os familiares encontram seus filhos, eles já são homens (no meu caso) encantadores, formados, profissões escolhidas... Trabalham desde os 15 anos _ você diz com orgulho. Já tem carteira de motorista, conversam sobre todos os assuntos e não são os “selvagens” que muitos críticos previam que seriam...(graças a Deus).

Nas conversas, as pessoas comentam: você viu os filhos dela? Que educados. (acreditem).

Prá você e seu marido, dizem: _ vocês tiveram sorte com esses meninos!

Sorte?! Como assim??

Tudo bem: 30% pode ser sorte; benção de Deus, índole. Mas, você e seu marido ficaram duas décadas falando, discutindo, escolhendo formas e fórmulas... Optando por esta e não aquela escola, comprando livros, assistindo desenhos animados, indo a pediatras mais do que na casa da mãe, lendo sobre infância, adolescência e mais que tudo, rezando e rezando. Agora, missão cumprida e vem dizer que foi sorte?

Foi sim. Muita sorte ter vivido tudo isso. Rir de tudo isso, hoje. Poder dizer para os novos pais que parece improvável, parece impossível, é difícil mas eles vão conseguir! Eu sei que vão ter sorte.



(dedicado aos novos pais: Rafael e Nicoli, Gabriel e Ariana, Cíntia e Vagner, Taís e Carlos, Beto e Cibele, Liliam e Bruno e os que estão por ser os "pais da hora")

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Oco

Um dia uma passarinha olhou para dentro de seu ninho e viu que estava vazio. Ela nem piou, nem esperneou. Sabia bem no oco da sua barriga o que tinha acontecido: seus filhotes voaram para sempre.
Sabia desde o primeiro graveto que garimpou para construir o ninho qual seria o objetivo final de todo seu esforço... preparar os filhotes para alçarem voo. Esse voo definitivo e doído.
Ela ainda pensou se teria dado todas as instruções necessárias para eles... será que teriam sido suficientes as refeições milhares de vezes trazidas no bico? Será que ela teria falhado em alguma etapa do treino dos primeiros voos? Mães e suas culpas até no reino animal.
O coraçãozinho que bate regularmente em taquicardia disparou para 300 batimentos, mas foi só por uns segundos porque a natureza logo a chamou para outra missão e ela viu, sábia passarinha, que era dessa forma que tudo estaria em seu devido lugar no universo.
Fernanda Bega.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Oração de hoje e por hoje

Hoje quero tirar da minha vida definitivamente (ou aos poucos, como for possível) todas as coisas que me entristecem e me magoam. Quero começar a buscar a cura e o tratamento para minhas dores físicas e da alma; quero uma vida mais saudável, mais alegre e plena... quero alimentar meu corpo com alimentos bons e nutrir meu espírito com a palavra de Deus e com o amor e a amizade verdadeira. Quero poder gostar das coisas sem que me repreendam por isso ou sem me envergonhar das minhas escolhas e quero também mudar de idéia ou de escolha quando eu bem entender ou minha mente determinar porque se vivo, penso e, se penso, mudo. Assim é.
Eu quero tudo de bom para mim porque sei que se estiver realizada terei o que dividir, partilhar, ensinar e doar aos outros. Creio que a natureza e o universo são abundantes em recursos para o bem comum... Creio que, ao ser feliz, não estarei tirando nada de ninguém apenas usufruindo do que recebi ou conquistei.
Quero me transformar para transformar a minha vida, a minha casa e poder ser fonte de paz e alegria para os outros. Isso é o que desejo para hoje e para cada dia de vida que me for dado a mais. Amém.


São Paulo, 13 de outubro de 2011.
Fernanda Bega

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O essencial é invisível aos olhos, intocável por mãos mas real demais pra mim

por Fernanda Bega, segunda, 8 de agosto de 2011 às 12:25

Os ladrões levaram minha TV LCD.

Os ladrões levaram meu home theater com caixinhas, minha máquina fotográfica, minha confiança de estar na minha casa em paz. Mas eles levaram também uma gargantilha dourada com pedras ametistas (bijouteria) , presente do meu pai no dia de meu aniversário de 17 anos... Ele chegou em casa com flores e o pacotinho de presente e eu me senti a pessoa mais importante do mundo naquele dia!

Este era o único presente material que ficou do meu falecido pai. Eu tinha poucas oportunidades de usar aquela gargantilha até porque se parecia muito com um jóia cara, mas gostava de olhar pra ela e retornar àquele dia...ela me trazia, cheiros, gostos e risos dos meus 17 anos de pura felicidade. Os ladrões levaram e nem farão uso algum porque não tem valor monetário.

Mas ninguém pode me tirar a lembrança . Ninguém tira de mim essa história que é só minha; a lembrança de um pai que com sete filhos sabia ser só meu quando eu precisava! Esta semana será dia dos pais e estamos quites porque eu não posso te dar presente algum, pai, porque o senhor já está com Deus e o senhor também, agora, não pode repor o presente que me levaram.

Tenho certeza , Sr Octávio, que se estivesse entre nós, correria em meu socorro e não me deixaria chorar . Amo você, pai, por ter existido, amoroso, inteligente e brincalhão. Amo você por ser eterno na minha vida. A morte não tirou você de mim, de nós; ela até atenuou nossas diferenças, hoje te compreendo tanto mais que antes, nossas idades se aproximaram e esqueci de minhas reclamações adolescentes , tolas e prepotentes. Perdoei o senhor por quase nada que me parecia tanto na imaturidade e peço seu perdão, humildemente.

Feliz dia dos pais!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Venham a mim as criancinhas.

por Fernanda Bega, sexta, 15 de julho de 2011 às 11:32

Ser mãe me tornou poderosa. Tudo eu resolvia, tudo eu podia, tudo eu socorria...Quando você amamenta um bebê por 2 anos e sabe que o está nutrindo com a sua própria essência isso dá muita sensação de poder.

É claro que eu chorava, sofria, desabava mas só depois das coisas resolvidas, depois dos incêndios apagados... Ser avó, no entanto me tornou extremamente frágil! Eu não posso vê-los ter dor ou se machucar ou cair. Conheço toda a minha impotência diante da vida desses tesouros.

Isso talvez seja envelhecer. Envelhecer é descobrir que os nossos pais não eram poderosos como imaginávamos e que, nós mesmos como pais só fizemos o humanamente possível. Todos os milagres que vivenciamos na vida dos nossos filhos sempre vieram das Mãos graciosas de Deus Pai e de Sua Mãe Piedosa que ama as criancinhas. Por isso, hoje, fragilizada mas cheia de fé, eu peço a Deus que guarde, guie e ilumine meus netinhos e todas as criancinhas da humanidade inteira.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Minhas idéias de cara limpa e sem hipocrisia

por Fernanda Bega, terça, 19 de julho de 2011 às 11:51

Há uns bons pares de décadas, a gente assistia propagandas maravilhosas de cigarros o dia todo nas televisões. Eram as mais bonitas, premiadas e caras. E todo mundo fumava com o aval dos comerciais "indo ao sucesso" com a fumaça. Nos anos em que fui adolescente, os rapazes começavam a fumar antes de ter bigodes e as meninas fumavam também para serem populares. Nos filmes de Hollywood, todos os belos e belas fumavam em telonas gigantes!

Em 1979, no meu primeiro ano de faculdade, a sala de aula tinha 104 alunos no início do ano e uns 80% fumavam inclusisve os professores; era irrespirável.

De repente, surgiu um movimento contrário que veio de outros países e chegou ao Brasil. Proibiu-se a propaganda de cigarros totalmente e essa briga parecia impossível de ser encarada por quem quer que fosse, mas aconteceu. E , sem a propaganda ou outdoors que fossem, o cigarro foi perdendo o glamour e a categoria de nos "elevar" ao sucesso como homens e mulheres... Tornou-se quase um banido socialmente; incrível para quem viveu os anos 70.

Por isso, me pergunto: onde está o cara de peito que vai proibir as propagandas de bebidas alcoolicas??

As glamurosas propagandas de "loiras geladas" que nos fazem crer que nada na vida tem graça sem cerveja? Que nada na vida pode ser emocionante sem alcool, que não existe churrasco, futebol ou samba; carnaval, amor ou alegria sem embriaguez? E de tão massacrantes e contínuas nos faz a todos esmorecer diante da vontade de testemunhar: eu me emociono e me divirto muito sóbria. Faço churrasco sem cerveja e pulo carnaval sem pinga...ai de mim, que já fui a "careta" que não fumava, hoje sou a tiazona que não bebe.

Por que essa hipocrisia da lei seca no trânsito se o tempo todo se propaga o alcoolismo como a panacéia da atualidade?! Cadê o "cara" que vai agir na raiz desse problema social que está matando toda uma juventude e deixando impune gente que pensa que bebe socialmente e depois dirige a 150KM/h com a cara cheia? Faltam homens de coragem neste país; políticos de visão que consigam enxergar além do lucro da indústria do álcool, os prejuízos da matança da inteligência, da lucidez, da vivacidade e das habilidades de nossos jovens.

Eu ainda vou viver pra ver isso também como vi o banimento do cigarro? Acho que sim porque sou uma "believer", segundo minha sobrinha Taís.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ser feliz dá trabalho

Vejo as pessoas perdendo todas as oportunidades de felicidade que a vida lhes dá por medo. Medo de se envolver, de se comprometer... de ser “eternamente responsável por aquilo que cativam” como dizia o pequeno príncipe.
Vivemos uma cultura das futilidades e as pessoas gastam muito tempo sendo fúteis e a vida se esvaindo por entre seus dedos. Encontro jovens de 20 e poucos anos mais acabados do que eu nos meus 50, com olheiras, rugas e marcas profundas da tristeza que vivem. Idolatram a diversão, que eu chamo de distração... vivem distraídos da vida, do que realmente importa nesta vida. Chamam de amigos a qualquer um que passe mais de 20 minutos com eles se divertindo. Tem muito mais gente conversando com a bola de futebol chamada Wilson (como diz o Eduardo) do que pode imaginar a nossa mente. Mas isso é falta de “compromisso” porque ser amigo de verdade dá trabalho... Ser amada-amante companheira também dá trabalho. Eu sinto muito informar mas acho importante dizer que ser feliz dá muito trabalho, muito mesmo.
As pessoas estão com medo até de ter animais de estimação. De cultivar plantinhas, até um cactus precisa ser aguado uma vez por mês.
Eu tenho marcas de expressão, tenho olheiras, dores no corpo mas quando me divirto é real, ouço boa música, canto alto, danço com meus netos... escrevo e leio poesias, conto piadas, como sem restrições, tenho altos papos com meus filhos, adoro sair com meu marido ou ficar em casa com ele. Não compro tudo que quero ou vejo mas quando escolho um presente, penso na pessoa que vai recebê-lo, penso na embalagem, na cor do papel, nas palavras do cartão... minha energia vai impressa em cada gesto até o estender a mão para presentear; dá trabalho ser amigo, ser amor.
Disseram tanto para as mulheres serem iguais aos homens e aos homens para tratarem as mulheres como iguais que hoje proliferam homens e mulheres que não são capazes de viver sozinhos muito menos juntos... Não têm, ambos, a menor idéia do que é cuidar de uma casa e cuidarem-se, mutuamente.
A velha fórmula homem provedor x mulher dona de casa gerou muitos erros, é verdade. Mas se ser igual ao homem é imitá-lo em tudo o que eles tinham de pior, as mulheres conseguiram isso: elas bebem em público, pagam mico embriagadas, falam palavrões, relacionam-se superficialmente e sem afeto e fingem que pagam as contas de suas vidas sozinhas... Na hora que ambos, homem e mulher, voltam pra casa aí o bicho pega...
Quem está nos bastidores da sua vida? Quem faz a infra pra você viver na proclamada independência? Pai, mãe, empregada, tia velha? Não importa, todos precisamos uns dos outros, de apoio, de ajuda, de dividir as contas, as tarefas, de somar esforços e de multiplicar as alegrias. Nestes tempos de politicamente corretos, sei que esse texto é totalmente incorreto... dirão que nada tenho a ver com a vida alheia e com juízos de valores que são pessoais e intransferíveis. Concordo. Mas, ao contrário do que parece ser, esta reflexão não é de antipatia ou inconformismo com os novos tempos, não. É apenas a constatação de que a infelicidade é irmã do egoísmo, da preguiça, da futilidade e do culto à diversão ...e eu vejo a infelicidade de muitas pessoas por trás dos risos e das sacolas de compras sem fim. Quem dera eu tivesse o poder de incutir alegria nessas vidas. Mostrar o quanto é gratificante o envolvimento, o afeto verdadeiro, o servir ao outro , ainda que seja nos bastidores da vida, na chamada área de serviço. É a melhor das sensações ser realmente útil ,sentir-se indispensável sem a prepotência de acreditar nisso... Não é a gratidão dos outros que vai te fazer feliz ... é o bem em si que vai te preencher com enorme alegria.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mantras de Mãe

Quando eu era pequena, morava numa rua bastante movimentada e perigosa. Não me lembro de uma única vez em que eu ou meus irmãos fôssemos sair que minha mãe não dissesse: _ cuidado com a rua, olhe pros dois lados!

Todas as mães tem um arsenal de frases (leve o agasalho, não fique sem comer, volte cedo) que elas repetem para nós, dia após dia, e que a gente se irrita, acha que já ouviu demais e que as palavras entram por um ouvido e saem pelo outro...

Hoje, eu olho minha nora falando com meu netinho de 1 ano e vejo, nos olhinhos atentos dele que aquela voz é a única no mundo pra ele: ela alerta, incentiva, elogia,canta, repreende, explica; é a voz da consciência, da sabedoria, a voz do amor.

Minha mãe, quando gritava, às vezes lá de seus afazeres, "cuidado com a rua", era quase um mantra, ela tinha que fazer aquilo. Era pra gente, mas era também para que Deus ouvisse; era um toque imperativo de mãe dizendo aos anjos "não posso olhá-los agora, cuide deles por mim". Nos dias atuais, provavelmente, dir-se-ia que minha mãe tem TOC ( transtorno obsessivo compulsivo). Eu digo que ela tinha e tem intuição, sabedoria, cumplicidade com Deus.

Tantas vezes, mãe, eu estava correndo para a rua com os pés no chão e a cabeça na lua e o seu alerta me trazia de volta e a atenção se voltava para a rua, os perigos, freei muitas vezes na beira da calçada com seu alerta, obrigada.

Mamãe tem 82 anos e sete filhos com as seguintes idades: 62,60,58,57,50,46 e 40...todos vivos e bem criados; sei que ela olha pra nós e tem orgulho e não tem culpas por ter deixado de dizer ou fazer, por omissão.

Com os filhos adultos, a gente tantas vezes quer dizer tudo e se cala. O bom senso diz: ele é maior de idade. O amor diz: ele é seu filhinho... Cuidem-se, meus amores! Olhem para os dois lados ao atravessar uma rua, não se exponham a riscos desnecessários, alimentem-se bem, não bebam antes de dirigir , conservem suas vidas como o tesouro que elas realmente são. E saibam que quando eu não falo nada, já pensei, já pedi, já tive meu particular com Deus e aquietei meu coração para quem eternamente vocês serão responsabilidade minha.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Desejos

Hoje, eu queria ser bonita como Ana Paula Arósio, inteligente como a Marília Gabriela, magra como a Gisele e jovem como a Isis Valverde. Queria ter o poder da Dilma e a bondade da Madre Tereza! Queria muito rir como a Hebe Camargo e fazer rir como a lady Kate do Zorra Total. Eu queria ser muito rica...rica como a Oprah e talentosa como Beyonce, enfim eu queria ter tudo, ser tudo.

Mas eu sei que a Ana Paula Arósio já se sentiu feia, a Marília, burra e a Gisele já se viu "gorda". Tenho certeza de que a Dilma já esteve presa e oprimida e Madre Tereza, bem, essa é Santa, não vale! A Hebe já chorou e a Katiuscia, lady Kate nem sempre teve "pagando"...A Oprah teve uma infância térrível e a Beyonce não se cansa de mostrar suas fragilidades quando pergunta: "por que eu?

Então, eu sou o que sou e tenho o que lutei para ter ou o que recebi de bençãos de Deus ( e foram muitas). Já fui jovem e bonita e nem tinha consciencia disso.

Estou viva e preciso estar para cuidar das pessoas, dos amores, das almas que me foram confiadas. Deus confiou em mim e eu confio em Deus.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Livrai-nos do mal, amém.

As pessoas são as maiores inimigas delas mesmas. A maior batalha que travamos pela vida afora é a de domar nossos próprios bichos! Ofendemos e magoamos as pessoas que mais amamos, as que nunca saem do nosso lado e estão ali, vítimas fáceis na hora que perdemos nosso controle, nossa classe... Conheço pessoas belíssimas, meigas, gentis que foram testadas no extremo de sua paciência. Já vi anjos endemoniados! Momentos imperdoáveis de total humanidade quando todos nos igualamos na nossa condição de pecadores, de simplesmente falíveis. É verdade que tem gente que já é assim sem provações, sem motivos.

Entretanto, é triste quando a vida apresenta obstáculos demais para uma pessoa só. Hoje, estou rezando por essas pessoas...por mim, talvez. Por todos que não merecem sentir raiva, indignação, ódio, inveja, menosprezo que são sentimentos que não nos fortalecem, que envenenam nosso corpo físico e enfraquecem nosso espírito. Peço a Deus serenidade e luz para os enfurecidos, força para os humilhados e preteridos, coragem para os submetidos às provações e proteção para os frágeis de espírito! Senhor dai-nos o amor fundamental para superarmos a própria fraqueza humana porque só o amor verdadeiro nos faz melhores e mais capazes de atos dignos de uma santidade que certamente não temos.

Amém!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Integra da entrevista ao IG - Pauta enviada pela repórter Larissa Januario

Vamos a pauta.

Respostas:

Como vcs se conheceram?
Eu conheci meu namorado e futuro marido no Colégio Albino César do Tucuruvi. Em 1975 entrei neste colégio novo para mim para cursar a antiga oitava série. O Eduardo já era aluno lá e bastante popular, diga-se de passagem. Mas só em 1976, no primeiro colegial fomos para a mesma classe e fizemos uma amizade desde o primeiro dia de aula. O namoro só veio a acontecer em agosto desse ano.


Que idade vocês tinham?

Eu completei quinze anos em março de 1976 e o Eduardo tinha 16 e fez 17 em Novembro de 76 quando já éramos namorados.

Há quanto tempo estão juntos?

Bem, de namoro são 35 anos. De casamento são 28 anos.

Como foi a decisão de casar?
A decisão de casar surgiu no momento em que começamos a namorar, rs. O Eduardo era um rapaz diferente dos outros: como ele era muito cobiçado na escola eu pedi a ele que namorássemos escondido por um tempo porque já previa "contra-ataques" das colegas do colégio. Ele concordou contrariado e não falava em outra coisa a não ser em abrir o jogo e até em falar com meus pais. Uma semana depois, ele foi em casa e falou com meu pai quase que sozinho porque eu estava morrendo de medo.
Desde sempre fizemos planos, marcamos e remarcamos o noivado por causa de faculdade e empregos que não nos permitiam apressar as decisões. As alianças foram confeccionadas quase um ano antes de conseguirmos ficar noivos!
Ficamos noivos em Junho de 1981, no dia de Santo Antonio pq nós dois queríamos uma forcinha do santo. Compramos os móveis básicos, eu me formei em 1982 e casei em 1983 ( na verdade, voltei da lua de mel para a festa de colação de grau). Ele ainda estudou mais 1 ano e meio depois de casados.

Qual foi o momento mais difícil de vocês?

Passamos como todos os casais momentos difíceis, desempregos, problemas financeiros, mas acho que meu marido vai concordar que o pior foi a doença do meu caçula aos cinco meses de idade. Ele precisou de uma cirurgia de emergência e nós nem tinhamos convênio médico. Já tínhamos um filhinho de 3 aninhos quando o segundo ficou gravemente doente. No momento de socorre-lo falamos que era para fazer o atendimento todo particular porque não confiávamos no SUS e tivemos que deixar um cheque caução no hospital que já era sem fundo nenhum... foi tudo um filme de horror porque éramos muito jovens e tudo vinha tão perfeito em nossas vidas até aquele momento. Mas graças a Deus, o nosso Gabrielzinho teve um atendimento de primeira e na hora de pagar as contas meu marido saiu do hospital e vendeu nosso carrinho, um Chevette branco que não cobriu tudo mas liberou a alta do menino porque queriam nos "segurar" no hospital devido ao tamanho da conta.

E o mais feliz?

Esta me parece ser a pergunta mais difícil, rs. Espero que o mais feliz esteja por acontecer senão ia achar que já vivi tudo, né? Mas, eu posso relacionar os meus momentos mais felizes: o ante-primeiro beijo (que foi melhor que o primeiro), o dia do noivado, o dia do casamento, o dia que peguei nas mãos o resultado do exame de gravidez dos dois filhos, o nascimento dos meninos, a compra do primeiro apartamento, a compra da casa em que moramos hoje, o casamento do meu filho mais velho foi inesquecível e agora já tenho o nascimento de dois netinhos para computar. Nem sei escolher...

Você não sentiu nenhuma vez nehuma pontinha de arrependimento de não ter tido outros relacionamentos?
Na verdade, tivemos uma juventude normal. Conhecemos muita gente e você, mesmo comprometida, fica sempre comparando. Eu fiz uma faculdade, ele outra e tivemos muitas oportunidades de mudar de idéia, mas, falo por mim, tenho certeza que fiz a melhor escolha. Meu marido nunca foi um "moleque" eu tive a honra de conhecer um homem de 16 anos que se transformou numa pessoa muito melhor com o tempo porque é muito inteligente e justo.

Vocês sempre estiveram apaixonados?

Estar apaixonada é um estado lindo mas nunca é constante... a vida tem altos e baixos e se você não admira muito a pessoa que está a seu lado, a paixão vai embora. Eu fui a melhor amiga do meu marido antes de começarmos a namorar, ainda hoje somos grandes amigos e isso já é um grande ponto a nosso favor. Eu olho pra ele e consigo ver o menino que me encantou, sei porque me apaixonei e sei porque me casei. Hoje sei que meus filhos são dois homens maravilhosos muito pelo exemplo dele, então me apaixono de novo e de novo.

Como você descreveria sua história de amor?

Precisa mais do que tudo que contei? Eu diria que fomos obstinados em nosso amor, brigamos por ele com adultos quando éramos duas crianças e provamos que era real. Defendemos um ao outro e a nossa família com unhas e dentes. Nós fomos testados, sofremos também como todo mundo, discutimos, brigamos, mas o amor e o nosso compromisso é para a vida toda. Eu sei que ele está ali do meu lado e ele sabe que estou com ele.

Nomes:
Eduardo Bega 51 anos, tecnólogo formado pela Fatec e hoje microempresário do ramo de informática.
Fernanda de Z. e Silva Bega, 50 anos, formada em Comunicação Social pela FIAM e hoje microempresária. Trabalhamos na mesma empresa que construimos juntos em 1998, a TOPSYS Computadores e Eletronica Ltda.
Filhos: Rafael S. Bega 27 anos e Gabriel S. Bega 24 anos. Tenho uma nora, Nicoli P. Bega e dois netinhos, um de cada filho, Lucas e Miguel.







Fernanda Bega

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Como é grande o meu amor por vocês!

Estou fazendo 50 anos e pra variar resolvi escrever umas palavrinhas; resumo: eu estou feliz.
Estou feliz e satisfeita com minhas realizações até aqui.
Não me arrependo de nada.
Eu voltaria à infância e faria tudo igual e escolheria os mesmos amigos e amigas. Brincaria das mesmas coisas e guardaria as mesmas intensas recordações que guardo.
Eu namoraria e casaria com o mesmo marido que tenho, quantas vezes eu viesse a esse mundo!
Eu teria os mesmos maravilhosos filhos que tenho e largaria tudo pra cuidar deles como fiz porque foram os melhores anos da minha vida: eu brincaria e assistiria desenhos animados com eles e faria mil pesquisas escolares e reaprenderia todas as coisas que aprendi refazendo o caminho dos estudos com eles dois.
Foi cansativo, exaustivo, milhares de idas e vindas aos colégios... milhares de idas e vindas aos médicos, dentistas, psicólogos, fonoaudiólogos, mas passou tão rápido quanto passaria se eu não me dedicasse tanto e não sorvesse cada momento como inesquecível...
E valeu a pena demais.
Eu, talvez pudesse amar mais todas essas pessoas, mas acho difícil... Meus pais, meus irmãos, primos, meus sobrinhos e filhos, amigos ... E agora, os netos parecem um presente, uma recompensa tão somente de alegrias; o melhor dos presentes que se pode ter!
Eu então podia querer mais diante de tudo isso porque somos eternos insatisfeitos. Podia querer mais grana, mais segurança, mais descanso... podia querer estar mais magra, mais jovem, mais bonita... porque somos rabugentos de natureza. E quero.
Mas hoje eu só quero agradecer mesmo! Obrigada, obrigada, obrigada.
A minha vida não é perfeita mas até os defeitos dela são totalmente de minha responsabilidade e só eu posso mudá-los (aprendi isso com o Edu, é claro).
Por isso agradeço a Deus. Por minha inteligência e livre arbítrio.
Cinqüenta anos de vida é pouco quando se ama a vida como eu amo e quando se tem a família e os amigos que eu tenho.
E eu quero é maissssssssssss!


Fernanda.
09 de Março de 2011.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Menino dos Olhos Bonitos

Menino bonito dos olhos que falam
Eu escuto teus olhos
Menino bonito do olhar que tem mãos
Teu olhar me toca

Menino triste, teus olhos bonitos buscam minha alegria
E eu, que não sou triste nem bonita
Tenho a alegria de ouvir e sentir teus olhos

Já que possuo teu olhar em mim,
Menino bonito leva a minha alegria
E ainda fico a te dever beleza...


Fernanda Bega - escrito quando eu tinha 14 anos para um paquera que nunca conheci na verdade, só a distância.