terça-feira, 31 de agosto de 2010

“ Meu limão, meu limoeiro ”


A palavra é uma chave poderosa de portas do inconciente.
“Limão” é uma palavra azeda.
“Mel” é uma palavra doce.
“Fumegante” é uma palavra quente.
“Paixão” é a chave da porta dos meus quinze anos; é ouvir e ela se abre trazendo meu marido-menino! Não que eu não o ame na nossa meia-idade... mas paixão, aquela em que os motivos são abstratos e as sensações são concretas, eu tive por ele aos 15,16 anos. Um dicionário inteiro de sentimentos e sensações aberto diante de mim assim que o avistava. Lindo, forte, charmoso, cheiroso, inteligente, sedutor, atraente!
Ele tinha voz de homem, cheiro de homem, malícia de homem e eu acabara de me descobrir mulher; plena sintonia de momentos.
Sensações concretas: pernas bambas, frio na barriga, tremor nas mãos, vontade de chorar... Paixão tem sintomas de doença e eu adoeci naqueles dias.
Posso dizer que paixão vem e vai, tem surtos, recaídas. E, quando a gente ama alguém, vive esperando um surto, sonhando em recair mil vezes, acamada e apaixonada.