quinta-feira, 3 de abril de 2014

Solidão de ser eu mesma

Sou tão sozinha quando só eu gosto do que eu gosto
Sou tão sozinha, também, quando só eu penso o que penso.
Mais sozinha sou quando apenas eu entendo as coisas de um jeito
E somente eu sinto como sinto

Meus Deus, quantas vezes sou sozinha!
Em casa ou no meio da rua
Quando só eu acho graça
No meu canto ou no mundo todo
Quando somente meus olhos choram...

Meu Deus, a solidão de ser eu mesma dói!
Minha postura, minha compostura, minha dor...
A solidão de ser eu mesma me corrói.

Todos precisam de eco, precisamos aceitação.
O meu coro sou eu sozinha
Minha dor, meu riso, meu amor.
Ninguém freqüenta as cercas de mim

Passei a vida tentando explicar-me, querendo me enxergar em alguém,
Partilhar pra não pesar, mas fomos feitos tão únicos!
Ricos no entender, múltiplos no jeito de ser.
Indivíduos, frações de um Deus que nos ensina assim a aceitar o outro...
Hoje eu sei, depois de tanto procurar,
que a solidão de ser eu mesma é minha herança do Divino.