sábado, 25 de maio de 2013

Uma pausa na história da TopSys... e um pouco de poesia : DE COR




Estou ansiosa por poesia hoje
Ela torna leve o dia, a dor e a tristeza
O meu medo encolhe ou foge
Meu olhar viaja
O pensamento voa
O coração entoa
De cor as rimas
Rima rica, rima pobre
Pra mim ambas tem beleza:
Sou pequenininha do tamanho de um botão
Contemplo o lago mudo que a brisa estremece
Levo o papai no bolso e a mamãe no coração
Não sei se penso em tudo ou se tudo me esquece.







Fernanda Bega
(Agradecimentos a participação de mamãe pela trovinha da infância e a Fernando Pessoa pela riqueza da rima)

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A HISTORIA DA TOPSYS - Capítulos 4 e 5.


CAPÍTULO 4: A PRIMEIRA SEDE

Quando a sede se tornou uma necessidade para o bom andamento dos negócios, eu já era, informalmente, a secretária porque atendia a todos os telefonemas, filtrava os mais importantes, anotava os recados e agendava algumas visitas para a semana, etc.
Não posso deixar de dizer que foi quase um ultimato meu que nos levou a sair em busca de um escritório, pois minha casa estava um caos: antes de deitar tinha que tirar da cama placas de rede, modens, hds, cabos e parafusos e meus filhos já não podiam brincar em nenhum canto da casa porque tudo era do trabalho.
Neste momento, o sócio preferiu continuar sozinho e nós partimos para formalização da empresa.
Encontramos o nosso endereço na primeira vez que saímos para rodar imobiliárias, foi olhar o imóvel e decidir. Seria ali o nosso escritório do jeito que imaginamos com móveis azuis e sob os ares do Tremembé.
Alugamos inicialmente uma única sala que com uma divisória servia de recepção e laboratório, com uma pequena bancada de uns três metros de parede a parede; pontos de rede e internet para os testes e a montagem e instalação das máquinas.
Já era o ano de 2002 e meu filho mais velho estava terminando o segundo grau e um curso técnico em telecomunicações, que exigia o cumprimento de estágio. Logo, ele e o melhor amigo, Ricardo, vieram estagiar na nossa bancada técnica. Em seguida, foi a vez da namorada do meu filho que fazia o mesmo curso. Começava a se desenhar o outro departamento da TOPSYS.




CAPITULO 5 : O APRENDIZADO DOS PRIMEIROS TÉCNICOS

Meu filho, Rafael, estudava pela manhã e, à tarde, cumpria suas horas de estágio, fase onde aprendeu a montar um micro, formatar, instalar o sistema operacional, reconhecer defeitos, detectar presença de vírus no sistema, fazer redes completas desde o cabeamento até a configuração da rede propriamente dita.


Ter conseguido proporcionar o estágio para todos eles foi, sem dúvida, uma das melhores coisas que a empresa nos trouxe!
Também meu filho caçula, nessa época, ainda no ensino fundamental, voltava da escola e parava na TopSys para almoçar e fazer as tarefas e trabalhos escolares até porque em casa não ficava ninguém. Dessa forma, não demorou muito pra que ele também estivesse envolvido nos pequenos serviços e se interessasse por aprender a montar um micro, instalar o sistema, etc.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A HISTÓRIA DA TOPSYS




CAPÍTULO 2: O PESO DA ESPOSA

Para prosseguir esta narrativa, abandono a terceira pessoa e passo a me incluir nesta história: sou a esposa-mãe-sócia e, para o mal ou para o bem, grande palpiteira em todas as fases dessa história. Para falar a verdade, por muitos anos, impedi que meu marido se aventurasse em negócios próprios com os quais ele sempre sonhou... Reconheço este meu lado covarde e influenciador, mas ele sempre teve ótimos empregos e era mais cômodo que ficássemos assim. Afinal, tínhamos rotina, salário, férias, plano de saúde e que tais...
Mas, exatamente, desta vez eu não fui contra nada porque sabia que realmente havia chegado uma hora limite para começarmos qualquer coisa; na idade em que estávamos ou era isso ou procurar interminavelmente por outra colocação que não nos daria mais o mesmo padrão de vida.
E eu, que até esta idade nunca tinha trabalhado fora, nem poderia entrar no mercado de trabalho para ajudar meu marido num momento difícil. Fizeram-se assim as conjunções todas necessárias para que a idéia de ter uma empresa não mais me assustasse e sim me trouxesse conforto e esperança.





Devo dizer que sempre acreditei no talento e determinação do meu marido para fazer acontecer, mesmo antes quando não topava os projetos. Ele tem características indispensáveis para um empreendedor e, por acréscimo, ainda passou essas características para os filhos.





CAPÍTULO 3 : PRIMEIROS PROBLEMAS

Como o nosso capital era bastante reduzido, bastava que vendêssemos três equipamentos e financiar algum para não conseguirmos mais comprar as peças de um quarto micro. Foi aí que o Edu pensou num sócio, alguém que entrasse com algum dinheiro e alguma coragem também porque nem sempre se ganha: precisávamos dar garantia aos clientes e muitas vezes garantia estendida que saía de nosso bolso porque quem nos fornecia, no início, nos dava pouquíssima garantia e o cliente precisa confiar em quem o está atendendo, certo? Pelo menos, foi assim que nasceu a principal característica de nossa empresa: a de ser indicada para 3 ou 4 pessoas por cada cliente atendido; bem atendido, é claro.
O primeiro sócio foi outro cunhado – Marco Antonio Furquim, não o que foi cobaia na historia da primeira montagem de micro. Tantos bons cunhados também são mérito meu afinal...
E, por 4 anos, eles dois trabalharam juntos fazendo vendas, laboratórios, instalando redes e trocando conhecimentos que daria para encher uma biblioteca. Nesta fase, a empresa foi aberta formalmente, com CNPJ e tudo o mais.
Mas ainda era preciso uma sede já que os dois trabalhavam em casa.

terça-feira, 7 de maio de 2013

A HISTÓRIA DA TOPSYS

CAPITULO 1 : A IDÉIA

Para falar sobre como começou a TopSys tenho que ir um pouquinho mais para trás no tempo e falar do seu criador e do porque ele um dia teve a idéia de ser empresário.
Então, era uma vez uma típica família classe-quase-média-brasileira que insistia em viver bem, almoçar e jantar diariamente e dar estudo aos seus dois filhos. Esta família era constituída por uma mãe que insistia em cuidar unicamente dos filhos e de sua educação e da casa e por um pai, que por sua vez (sem escolha) insistia em prover tudo e todos!
Mas, apesar da teimosia, era uma família feliz e, heroicamente, sobrevivente... Um dia, depois de dedicar quatro anos de sua vida profissional a uma empresa e de ver seu trabalho coroado com êxitos, o pai foi sumariamente demitido; coisas de Brasil e planos presidenciais mirabolantes.
Nesta ocasião, ele já estava próximo da casa dos quarenta e pressentiu que candidatar-se a novos empregos seria uma árdua tarefa, que culminaria em próxima desilusão cedo ou tarde.
Vale dizer que até este momento, a informática sempre fora exclusivamente um hobby para este homem, cuja formação profissional era de projetista mecânico com larga experiência em gerenciamento de fábricas, funcionários e implantação de sistemas de qualidade. Mas, podemos falar disso em outro capítulo. Então, desempregado e com uma pequena indenização trabalhista em mãos, ele sabia que tinha que correr atrás do prejuízo porque as contas geralmente não param de existir porque você simplesmente parou de ter uma renda mensal, não é mesmo?
Eduardo, seu nome. O ano era 1998 e os filhos tinham, respectivamente, 14 e 11 anos...
Muitas providências e decisões, muitas noites olhando e contando os lambris do forro do quarto para tentar pegar no sono; mãe e pai preocupados.
Primeira decisão: não tirar os filhos da escola paga. Como? Bom,idéia na cabeça, o pai foi até a escola em questão pedir para pagar as mensalidades do ano todo dos dois meninos de uma só vez, com o dinheiro da rescisão para ficar tranqüilo e tirar isso da frente... Imaginem a cara do diretor da escola!?




O homem disse que nunca tinha tido tal proposta e que não sabia se era possível ou até se teria um desconto para esse tipo de pagamento. Argumentou, argumentou e não aceitou. Ainda assim, os meninos permaneceram na escola paga e a urgência de uma idéia brilhante tornou-se cada vez maior.
E, nada como ter a necessidade de conselheira: eis que ele pensou em algo. Vou vender computadores. Em princípio, era isso, vendas.
Os dois primeiros equipamentos vendidos foram para amigos da antiga empresa e já foram comprados montados. Logo, o Eduardo viu que se ele mesmo soubesse montar o microcomputador seria melhor para o negócio e para isso a cobaia foi, como podem prever as mentes mais sagazes, um cunhado. O primeiro micro que o Eduardo montou foi para um cunhado com a ajuda de alguns manuais e este foi também o terceiro micro vendido pela empresa que nascia sem que a família nem se desse conta.
Estavam, enfim, sobrevivendo e investindo o pouco dinheiro da poupança.
Fim de um começo, parto para o segundo capítulo.


domingo, 5 de maio de 2013

Sobre crianças e bichinhos.

As crianças e os animais tem muito mais a nos dar do que nós a eles. Eles nos amam mais, nos ensinam mais e nos dão doses diárias de energia, carinho sincero e alegria legítima!
Nosso amor adulto quase sempre vem cheio de cobranças, nossos ensinamentos carregados de medos das nossas próprias experiências negativas... Olhe vagarosamente para as crianças, receba com gratidão esta presença em suas vidas, ouça o que dizem e aprenda. Valorize os sentimentos dos pequeninos, seus problemas e sua curiosidade sobre o mundo... Assista seus desenhos, sente no chão e brinque com eles.
Depois de um dia com meus netos, eu realmente fico cansada (cansaço real), mas fico renovada também, dou boas gargalhadas, vejo graça em coisas bobas e rejuvenesço anos! Bichinhos e crianças fazem isso por nós: nos dão motivos para rir e alegria verdadeira. Caso você não tenha nem uns nem outros em sua vida, está perdendo tempo, perdendo alegria, perdendo motivação.
Obrigada meu Deus porque sempre fui cercada pelas crianças, muitos irmãos e primos; inaugurei minha profissão de tia aos 13 e já tinha muitos sobrinhos aos 22 quando me tornei mãe... Antes mesmo de me deprimir porque meus filhos estavam grandes, vieram sobrinhos -netos e os netos. Cansada, ocupada, útil e feliz é assim que gosto de me sentir.