terça-feira, 1 de novembro de 2011

Meus filhos, minha vida.

Quando você tem crianças pequenas, não importa o que você faça ou como faça, sempre vai ter gente te criticando. Ora porque você mima os filhos, ora porque é muito rigorosa; se você lhes dá doces ou se proíbe refrigerante... se deixa faltar na aula, então, afff. Todos são educadores na hora de criticar. Verdade seja dita, essa fase parece interminável, ainda que toda a vida seja tão rápida!

Você e seu marido então tomam aquela sábia decisão: ficar em casa, evitar exposição. Que paz. Já bastam dois para discordar de decisões “educadoras”.

Mesmo assim nos encontros inevitáveis, os seus filhos brigam, mordem os primos ou respondem pra você na frente de todos... frustrante, mas você vai se enclausurar por mais seis meses, tudo bem.

Agora vem a parte gratificante: quinze anos depois, quando os familiares encontram seus filhos, eles já são homens (no meu caso) encantadores, formados, profissões escolhidas... Trabalham desde os 15 anos _ você diz com orgulho. Já tem carteira de motorista, conversam sobre todos os assuntos e não são os “selvagens” que muitos críticos previam que seriam...(graças a Deus).

Nas conversas, as pessoas comentam: você viu os filhos dela? Que educados. (acreditem).

Prá você e seu marido, dizem: _ vocês tiveram sorte com esses meninos!

Sorte?! Como assim??

Tudo bem: 30% pode ser sorte; benção de Deus, índole. Mas, você e seu marido ficaram duas décadas falando, discutindo, escolhendo formas e fórmulas... Optando por esta e não aquela escola, comprando livros, assistindo desenhos animados, indo a pediatras mais do que na casa da mãe, lendo sobre infância, adolescência e mais que tudo, rezando e rezando. Agora, missão cumprida e vem dizer que foi sorte?

Foi sim. Muita sorte ter vivido tudo isso. Rir de tudo isso, hoje. Poder dizer para os novos pais que parece improvável, parece impossível, é difícil mas eles vão conseguir! Eu sei que vão ter sorte.



(dedicado aos novos pais: Rafael e Nicoli, Gabriel e Ariana, Cíntia e Vagner, Taís e Carlos, Beto e Cibele, Liliam e Bruno e os que estão por ser os "pais da hora")

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