terça-feira, 17 de abril de 2012

A receita do amor é não ter receita

Eu vejo tantas teorias e receitas para um bom relacionamento homem x mulher, mas, na minha opinião, todas elas esbarram no amor. O amor não segue receitas. Ele é único e raro. Quando apenas uma pessoa da relação ama, a relação está destinada ao fracasso. Você pode fazer concessões, mimos, carinhos, usar de toda sua sedução que nada vai funcionar... apenas te trará sofrimento tentar aprisionar o que não quer ser aprisionado.
Mas quando as duas pessoas se amam, pronto. Tudo se resolve. Podem ter uma relação louca com ou sem brigas; podem trabalhar juntos 24hs por dia ou se encontrar apenas uma vez por mês. Podem fazer sexo diariamente ou apenas no dia em que os dois se olham e se querem muito. A verdade é que, neste caso, sem receitas ou teorias, o amor decifra os caminhos, fortalece a amizade, cria a admiração, inventa as afinidades, desperta o desejo, rejuvenesce o físico, restaura o espírito, enleva a alma e solidifica a única verdade que conta: o amor entre um homem e uma mulher é um sentimento de mão dupla.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Histórias da vovó sobre o papai do céu

Há muito tempo atrás, Deus, o seu papai lá do céu, resolveu que ia nascer aqui no nosso planeta como nascem todas as criancinhas para ver como é ser uma pessoa igual a gente. Ele escolheu uma mamãe, um papai e veio pro nosso mundo.
Aqui, ele chorou, riu, brincou e cresceu. Aprendeu a andar e a falar a língua de seus pais. Aprendeu a comer o que se comia na sua região de origem, a trabalhar no ofício do seu pai e a respeitar as leis dos homens e a religião da sua terra. Ele mostrou que veio para aprender primeiro (e aí já estava ensinando pra gente a importância da obediência, do respeito, da aceitação e da paciência).
Ele cresceu e enquanto crescia se destacava em beleza e inteligência. Quando falava, as pessoas o ouviam como quem ouve música, com admiração e alegria porque ele escolhia as palavras em seu coração e elas soavam pras pessoas como presentes bem embalados!
Em tão pouco tempo de vida, este homem que se chamou Jesus admirou-se com nossas emoções e as dificuldades de cada dia. Os amigos que ele fez eram muitos e sinceros e Deus, que criou todas as coisas e todos os seres, viu grandes qualidades nos homens e mulheres que criou!
Tudo que Ele disse e fez se espalhou e brotou; floresceu e frutificou. Mas um dia, os homens que governavam o mundo se incomodaram com a existência de Deus no meio da gente... Tiveram ciúmes de sua beleza, alegria, inteligência, coragem e sabedoria; muito ciúmes. E por causa desse ciúme, dessa inveja, prenderam e mandaram matar Jesus. Mandaram matar Aquele Jesus que tanto gostou de ser gente como a gente. É claro que Deus podia ter ido embora com todo o seu poder sem passar por tudo o que passou... mas Ele pensou que ter sido formado numa barriga tão acolhedora, ter tido uma mamãe e um papai tão queridos que lhe ensinaram todas as coisas deste mundo e ter feitos tantos amigos valia a pena qualquer sacrifício. E se tinha vindo pro nosso planeta para ver de verdade como era a nossa vida, tinha que ir até o fim e ver como era morrer também...
Jesus morreu , mas como era ao mesmo tempo homem e Deus, voltou a viver e foi para o reino dos céus continuar cuidando da gente, mas deste tempo em diante Ele já sabia bem como as pessoas sentem dor, choram, ficam doentes e como umas cuidam das outras , se amam e riem juntas... Ele sabia principalmente como brincam felizes as crianças sabendo que papai e mamãe estão sempre ali para cuidar delas!


Vovó Fernanda.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

JORNADA COM O MIGUEL Todas as manhãs, a gente pega a mãozinha do meu netinho Miguel e sai para uma volta no quarteirão do bairro. Ele sobe nos degraus, corre atrás das pombinhas, cumprimenta as pessoas, mexe com os cachorros, se encanta com os caminhões enormes e se assusta com o barulho das motos... Eu e a mãe dele vamos devagar e observando. Paramos no semáforo para atravessar e ele aperta o botão do sinal de pedestre e fica olhando o homenzinho verde se acender como a mãe dele alerta que deve ser. Então, paramos na loja de brinquedos e ele fica maravilhado, fala pelos cotovelos reconhecendo os personagens dos filmes e desenhos, aperta botões, imita os ruídos e grita: _ Olha, mãe! Olha, vovó! A gente sai desta loja e segue mais um pouco a pé... paramos na papelaria, onde tem mais brinquedos e livros, e revistas e lápis coloridos. Tudo merece a atenção dele e sua curiosidade. Na maioria das vezes, nem compramos nada ou compramos uma revistinha, uns lápis de cera, não importa mesmo. Ele volta feliz. Fazemos o curto caminho de volta com a mesma atenção aos detalhes e esse pequeno passeio vira uma grande jornada. Quando chegamos na porta da empresa em que trabalhamos, ele grita de alegria: cheguei! (parece que saímos há anos). E quer apertar o botão do interfone e sobe a escada contando os degraus. Eu aprendo muitas coisas todos os dias com ele. Fico pensando na nossa desatenção a tudo; porque o nosso olhar muda tanto? Tudo bem que nada mais é novidade na vida adulta... mas acredito que no momento em que você deixa de “olhar” para a vida, você começa a deixar de aprender e isso é sério. A gente não se encanta, não se assusta, não observa, não memoriza... a gente perde a curiosidade. Este exercício quase diário com o Miguelzinho me desperta para a importância de viver com atenção e curiosidade. Esta é a lição número um. Lição número dois: não é preciso comprar nada para fazer uma criança feliz... absolutamente nada. O que damos pra ele é um pouco do nosso tempo, atenção, carinho e cuidado. O que ele dá pra nós é uma aula de como ser feliz. vovó Fernanda