terça-feira, 31 de julho de 2012

Reflexão de hoje sobre o Meu Deus interior

Quando a gente vê um religioso que vive no alto de uma montanha, que jejua, faz penitência, cultiva o silêncio, faz voto de pobreza e castidade ou qualquer outro sinal externo de fé a gente acha incrível, admira. Mas quando a sua religião te pede apenas pra amar e respeitar o próximo, ser fiel nas relações, praticar a bondade e a caridade, não escandalizar os pequeninos e honrar pai e mãe, aí você acha fácil demais e sem “glamour”, né? Você diz: isso tudo eu faço. Será?
Será que é mais difícil ficar isolado no alto de uma montanha sem comer do que ser fiel por toda uma vida ao seu esposo ou esposa ou do que aceitar e criar com amor e dedicação os filhos que Deus te confiou? Será que é mais difícil usar túnica branca, ficar em silêncio, comer gafanhoto do que honrar e cuidar de se seu pai e sua mãe na velhice ainda que estejam debilitados, rabugentos ou sem o uso perfeito da razão?
Na verdade, a pergunta é a religião precisa ser esquisita, causar estranhamento, desconforto ou provações pessoais; a religião é algo que se ostenta e que te adiciona vaidade pessoal ou, como diz a Bíblia, que a mão esquerda não saiba o que faz a sua direita??
A religião é afinal algo de outro mundo que não se encaixa com a vida neste planeta, nesta dimensão?
Não vai aqui, absolutamente, nenhuma crítica a culturas ou religiões de outros povos; as pessoas aprendem suas crenças de seus pais e avós, de seus antepassados. A liberdade e diversidade de credo são conquistas de um mundo mais justo e fraterno e esta idéia é fundamental para a paz que nós tanto desejamos. Sou a primeira a aplaudir esta diversidade .
O que eu queria dizer hoje, sem sub-texto, literalmente, é para que tragam Deus para dentro de suas vidas; na sua casa, no trabalho, no lazer. Tragam-no para dentro de seu coração. Não O deixem lá num ou dois dias isolados da semana, num templo ou culto determinado. Seja você o templo e suas atitudes sejam o culto de louvor a Deus. Assim é que você e eu faremos a diferença, com ou sem idumentárias com ou sem privações e proibições. Caso você queira oferecer a Deus o seu jejum ou a sua castidade, as suas orações ou os seus dias ninguém mais precisa saber, não é mesmo? Porque se você tiver o reconhecimento de toda a sociedade, não terá mais o reconhecimento de Deus.
E se parece assim tão simples ser somente bom e justo, então porque o mundo atual está tão assolado de maldades?