segunda-feira, 1 de março de 2010

Quem é você, mulher que escreve?


Poetisa?
Poeta?
Mulher que escreve,
Mulher que sempre escreve?


Será que eu sou se disser que sou ou tenho que esperar que alguém me diga?
Poetisa? ... poeta? ... poetando a vida eu vou até me definir
Mulher que sonha, mulher que chora e ri
Que parte e fica.
Que parte que fica da mulher quando a poetisa entra em cena?
Acho que a vida da mulher é pura poesia com dor, teor e agonia
É plenitude de emoção, é água com sabão
É pano e esfregão... é buscar compensação.
É entrega, anulação: plena realização!
É ser contradição .

Nem ser com convicção...
Passar a ser por opção,
Ter nas mãos a oração que vai direto ao Poderoso apenas porque vem dela
E Deus sabe que mulher não ora à toa
Só por causa boa: pelos filhos que gerou,
Pelo homem que amou,
Pela humanidade que acolhe os seus
E o planeta que nos abriga
A mulher ora a Deus para saber como acertar sempre
Porque mães não podem errar nunca
A poesia de ser mulher é dura realidade salpicada de sorrisos
A mulher que é poetisa tem consciência de que os poemas já existem,
Estão no ar, no lar, na labuta
No mar, no céu, na nossa luta!
Estão por serem escritos...
Como um filho gerado que está por vir à luz!
Um poema é filho, é obra, é semente
Traz consigo o alento, a força do vento
O som de uma bela voz que no fundo se imagina
É sina.




Fernanda Bega.
1º de Novembro de 2002.

Um comentário:

  1. Queridos leitores amigos, meu blog é quase um diário pela exposição que faço de mim mesma nestes textos! Quem quiser deixar comentários, ficarei grata pela troca de confiança...beijos a todos!

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