
Desde bem pequena me vi encantada com os homens...tá, normal, eu sou mulher, mas era apenas uma menininha antes. Nasci numa família com um pai e 3 irmãos mais velhos que já centralizavam toda a atenção de minha mãe e de minha irmã, 10 anos mais velha que eu. Logo, eram também as minhas paixões! Cresci cercada por suas brincadeiras, proteção e sedução, enfim pelo universo masculino. Papai era esperado a semana toda, pois em função do trabalho só passava conosco os finais de semana. Era, então, um presente aguardado ansiosamente a sua presença. Os meninos, meus irmãos, eram tudo: meus exemplos, meu tormento (rs), meus companheiros, meus professores, meus amores. Neste tempo, onde minha casa e seu quintal eram meu mundo, o amor que eu tinha já era grande demais para caber ali. Não podia haver nada mais importante do que aquela família e aquelas pessoas para mim. Ganhei mais uma irmãzinha aos quatro anos e um irmão aos dez. Família completa. Parecia que havia chegado ao limite do amor: era mimada por todos e mimava a todos; uma infância cheia de carinho e fantasia. Eu cresci, o quintal diminuiu e o mundo cresceu. Não cabíamos mais em um único carro para viajar e mesmo meu pai conseguindo dois carros, meus irmãos mais velhos já não achavam graça em viajarmos todos juntos... foi um momento difícil para mim: me confrontar com a idéia de que a família podia um dia se espalhar pelo mundo; que muitas famílias se “espalham” e se perdem. Tão certo quanto crescer foi me apaixonar. Vivi a adolescência amando loucamente. Alguns amores mais tarde, conheci meu namorado-noivo-marido. Desde o dia em que nos conhecemos fomos muito amigos e nos apaixonamos vagarosamente, na convivência dessa amizade. Novamente, pensei que não haveria amor maior que esse no meu coração! Mas quando nasceu meu primeiro filho e olhei pra carinha dele, aí sim o mundo estava imenso e eu perdida dentro dele segurando todo o amor do mundo nos braços...achei que não conseguiria ser tudo que minha mãe foi pra mim, tive medo, tive coragem, chorei, ri, mergulhei dentro de uma viagem interior onde a mulher descobre a mãe e o poder de crer para viver. Estava formada a minha própria família: crescei-vos e multiplicai-vos. Obedecemos. Tive medo de ter outro filho e não haver tanto amor no meu coração mas que nada! Eu tinha um principezinho e nasceu o reizinho do pedaço, um sedutor que apaixonou eu, o pai e o irmão no ato, virou o xodó da casa, dos tios e dos avós. Homens, homens e mais homens na minha vida ... adoráveis! Agora o destino vem comprovar a minha vocação para com os “homens”: ganhei um neto, o Lucas – nossa paixão coletiva - e vou ganhar outro, mais um homenzinho para eu me apaixonar perdidamente...com olhinhos de Rafael e boquinha de Nicoli ou vice-versa, ele será uma combinação perfeita de tudo que é lindo e amável, doce e generoso, inteligente e criativo. Querido molequinho, venha com saúde... Venha confirmar que o amor é a única fonte inesgotável...ilimitada, incansável e renovável. Seja abençoado com saúde, graça, beleza, alegria, inteligência, bondade, doçura e tudo que pedimos a Deus por você desde que soubemos da sua existência... mas eu quero mesmo que você se pareça com seu pai e com sua mãe porque isso fará de você alguém muito especial. Te amamos.
Vovó.
Sampa, 21/01/2010.
Chorei como louca o texto inteiro... E tô muito feliz com mais esse homenzinho lindo que tá chegando pra nossa família e que será uma pessoa muito doce, espelhado no pai e mãe que tem.
ResponderExcluirFeliz por fazer parte dessa família linda, unida e amorosa que temos.
beijo grande
Tayra
Tayra, querida, podem dizer que somos choronas porque somos do signo de peixes, mas eu digo que é pq somos da legítima famlia dos Silva que sabe rir e chorar como ninguém!
ResponderExcluirAdorei.Lindo.Lógico que esse menininho que virá será lindo,lindo.Mais um homem para sua vida.Que mulher sortuda que vc é.Parabéns vovó mais uma vez.Bj grande GUI
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